terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Vamos começar, 2010?

Sabem, acho que todas e todos já passaram por isso: um bode, uma deprê, sei lá, um desânimo, sem nada ter ocorrido de fato. Você até se pergunta: aconteceu alguma coisa? Não, nada aconteceu, além dessa imensa vontade de não fazer nada e ficar quieta, só lendo um livro ou vendo um filme, sem falar nada.

Nesses tempos, nem acessei internet, nem li e-mails, nem escrevi, nem nada. Minha vontade de ficar quieta foi tão grande que até fiquei doente sem realmente poder falar, mesmo que eu quisesse. Quem me conhece sabe que falo muito, até demais. Eu, sem falar? Pois é...mas acho que todo mundo já teve um período assim. Mas o meu durou bastante. Parece que o ano mesmo só começou ontem para mim. Que janeirinho mais sem noção que eu tive...

E lá vem a culpa, é claro: tanta gente com problema de verdade, e eu aqui, com essa vida tão boa, nesse baixo astral? Mas o fato era que eu realmente não queria saber de nada...Desculpem todos que realmente tem problemas, coisas sérias que afetam o humor, razões reais para ficarem como fiquei. Eu, sem nenhum motivo, fiquei assim também. Me entreguei ao limbo, ao desânimo...

E eu, que não queria ter crises existenciais no mundo virtual, tive uma daquelas brabas, e estou aqui desabafando sem nenhum pudor.

Mas espero que tenha passado, definitivamente. E que se vier de novo, dure apenas algumas poucas horas, no máximo um dia, nada além disso. Pois a minha chatice ultrapassou todos os limites nesse começo de ano.

Vamos lá: fazer roupas, inventar coisas, aprender outras, rir e curtir tudo isso de bom que está à minha volta! Ah, e que fique claro: eu nunca deixei de saber que minha vida é boa demais, nem de ser grata à ela por tudo isso!

Alguém por aí já se viu nessa letargia ruim, e se livrou dela? Como? Sem roteiro de livro de auto-ajuda, ok?

Um comentário:

  1. Acredito que a grande maioria das pessoas já tenham sim "sofrido" nessse estado de "nada que preenche tudo". Falo, claro, por mim e por muitas pessoas com as quais convivo e que, mesmo contando as bençãos que a vida nos dá, só conseguem ser os defeitos que são e nada querem além de não quererem nada. Livros de auto-ajuda nunca ajudaram ninguém quando nós mesmas não queremos ser ajudadas e se assim for, pra que livro? Às vezes esse estado de isolamento é necessário, desde que não preenchamos só dele a nossa vida. Quando isso acontece, passamos a tratar isso com alguma afetação, e assim persistimos por vários dias. Acredito ser melhor suportá-lo e não desprezá-lo, permitindo que, já que estamos de alguma forma sofrendo, que esse estágio não seja inútil.É apenas uma circunstância e temos que preenche-la com muitos valores tão importantes para nós e cada um tem os seus: inspiração, percepção,memórias.Claro que nada disso fará esse estado letárgico passar como num passe de mágica, mas se estiver, digamos, povoado ainda que apenas de coisas muito íntimas, só nossas mesmo, será mais fácil superá-lo. Você preencheu o espaço com livros, filmes e a quietude deve ter trazido alguma maneira de lidar com as próximas experiências que a vida manda e cobra. Sabemos que nossas vidas são ótimas e que tudo está como deveria estar, mas acredito que o prazer está na invenção da nossa própria alegria, e se o nosso mundo às vezes cai, só nos resta dançar sobre o que ficou e esperar que novos ritmos venham. Não se ajudei, mas tentei passar para você algumas palavras que podem até não terem resolvido seu limbo, porque somos nós mesmas que resolvemos e quando queremos resolver. Respeitando sua quietude e esperando que ela não se instale tão logo novamente, te deixo um grande abraço de muita saudade e lembrando-a que seja o estado em que você estiver, eu sempre amarei você, apesar de muits vezes não conseguir entende-la como você gostaria. Acredite, também sem o menor pudor digo que te amo muito! Mámadi.

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